Romanos 12:13; 1 Pedro 4:9; Mateus 25:34–40
Como podemos interagir com aqueles que não conhecemos bem ou não consideramos amigos: o garçom do restaurante, o dono da empresa para quem tentamos vender nosso produto, o colega de trabalho ou escola que não é tão chegado a nós?
A tendência natural é nos relacionarmos com estas pessoas como objetos ao invés de pessoas. E como objetos, elas apenas existem como parte do cenário de nossa vida, com funções que nos ajudam a alcançar nossos objetivos.
O autor Joseph Myers fala sobre quatro tipos de espaços relacionais em que as pessoas interagem: pública, social, pessoal e íntima. Deus nos chama a ajudar as pessoas a se moverem do espaço público para um nível mais profundo de relacionamento e comunidade.
Quebra gelo: Compartilhe com o grupo sobre um momento em que se sentiu um “estranho”,mas acabou se sentindo bem-vindo (seja numa empresa, numa vizinhança ou na igreja). O que as pessoas fizeram para você se sentir assim?
1) Quando oferecemos hospitalidade, abrimos nossas vidas para o agir transformador de Jesus Cristo.
Leia Romanos 12:13 e 1 Pedro 4:9.
Hospitalidade é um ponto importantíssimo na construção da autêntica comunidade bíblica. No Antigo Testamento, era da maior prioridade oferecer comida e abrigo a estrangeiros, pois o próprio povo de Deus havia sido estrangeiro por várias vezes em terras alheias. A palavra hospitalidade pode evocar cafezinhos, bolos e conversas sobre trivialidades com pessoas conhecidas, mas isto é porque perdemos a visão de Deus sobre o amor pelos estranhos.
Hospitalidade tem o significado literal de “amar o estrangeiro”, na linguagem original do Novo Testamento. Hospitalidade não é apenas uma virtude importante; é oferecer um espaço onde tanto eu como aqueles de quem não tenho proximidade podem fazer crescer uma proximidade, compartilhando nossas vidas como Deus deseja. Nas palavras de Henry Nowen, “hospitalidade significa a criação de um espaço de liberdade onde o estranho pode entrar e se tornar um amigo ao invés de inimigo (ou um objeto).” É claro que nem todos que encontramos se tornarão nossos amigos chegados, mas nosso chamado é para sermos pessoas que estão constantemente alcançando os estranhos que cruzam nosso caminho, servindo-os e nos tornando amigáveis, tratando-os como pessoas amadas por Deus ao invés de objetos de uso para nossos planos de vida.
a) Na sua opinião, qual é a grande barreira para mostrarmos hospitalidade a pessoas que não conhecemos bem?
b) Em teoria, a tecnologia tem ajudado pessoas a se aproximarem (e-mail, celulares, orkut, MSN, twitter...). Você acha que a intimidade entre as pessoas é maior por isto? Como estes recursos podem ajudar ou atrapalhar o aumento da nossa hospitalidade?
c) Vemos Jesus gastando tanto tempo com seu grupo íntimo de discípulos quanto com estrangeiros, mendigos, paralíticos, leprosos e grandes multidões. De que maneira podemos afirmar que Jesus era hospitaleiro?
d) O que podemos fazer para tornar a igreja um lugar mais hospitaleiro para o que chega ou para o anônimo (o que participa das programações mas não é conhecido)?
2) Quando oferecemos hospitalidade, servimos ao próprio Cristo.
Leia Mateus 25:34-40.
Jesus enxerga o oferecer de cuidado e compaixão como algo essencial à vida de seus seguidores. Paulo repete isto em suas cartas também. Costumamos ter nossos próprios critérios para medir se as pessoas estão vivendo uma boa vida cristã (se vão aos cultos, se oram muito, se não fazem isto ou aquilo, etc.), mas a visão de Deus muitas vezes é bem diferente. Parece que o tipo de comportamento defendido por Jesus nesta passagem tornou-se uma exceção ao invés de regra. Temos a tendência de ver hospitalidade apenas como o abrir de uma casa, mas ela é, na verdade, um estilo de vida acolhedor que extrapola as quatro paredes.
a) É fácil achar que mostrar hospitalidade e ajudar pessoas em necessidade é algo legal que deve ser feito por cristãos legais. Mas como você acha que Jesus vê tal comportamento, a partir do texto lido?
b) É fácil se livrar destas palavras de Jesus dizendo que não conhece ninguém preso ou padecendo de sede. Você acha que este estilo de vida de Jesus se restringe à lista citada no texto? Você pode pensar em alguém de sua família, trabalho, escola ou igreja que se sente “abandonado”, “estrangeiro” no meio da multidão? Como você poderia alcançar tal pessoa com o amor de Cristo?
c) Para demonstrar o amor referido por Jesus, não é necessário ser rico ou ter estudado numa universidade. De que, então, necessitamos? Como podemos desenvolver o que nos falta?
O desafio é tornar-se na vida alguém que constantemente alcança desconhecidos pelo simples fato de eles serem também amados pelo mesmo Deus que tanto nos ama. Como seguidores de Cristo, somos desafiados a ser “mensageiros da comunidade” por onde quer que passemos, mesmo que sejam apenas alguns minutos de uma conversa ou de compaixão.
Decisão final: De que maneira você pode demonstrar hospitalidade a alguém esta semana, seja ajudando alguém não tão próximo de você, abrindo sua casa a visitas ou conectando-se a alguém numa conversa realmente edificante?
Compartilhe isto com alguém do grupo e orem juntos, pedindo direção e estratégias.
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